É preciso subverter…

21/08/2009 by

Segundo o Dicionário Houaiss,  Subversão é a revolta, insubordinação contra a autoridade, as instituições, as leis, as regras aceitas pela maioria, transformação ou destruição da ordem estabelecida.

Como havia postado pelo nosso Twitter, subversão foi a palavra mais repetida do Sustentável 2009. Eu, particularmente espero que todos que lá estavam, lembrem-se disso. É preciso romper com os atuais modelos que não respeitam o ambiente e a sociedade. Desenvolvimento econômicos é  necessário, mas terá que ser acompanhado de desenvolvimento social e ambiental, até para a própria sustentabilidade (falando economicamente) da sociedade. Afinal, para produzir precisamos de matérias primas e diversos outros elementos que o meio ambiente nos proporciona, precisamos da mão de obra, cada vez mais qualificada, e para tal, o desenvolvimento social é urgente.

Não há mais como se pensar em crescimento econômico, esquecendo-se do modelo TBL (desenvolvimento social, ambiental  e econômico em equilíbrio). É está é uma questão urgente.

Os Doutores da Alegria encerrou o 3º Congresso Internacional de Desenvolvimento, com um vídeo que conta um pouco da sua história, e com a mensagem deste lindo trabalho, e as fotos do Show de encerramento com Wilson Simoninha e Verônica Ferriani cantando "Poe um sorriso nos lábios..." , que encerro oficialmente esta cobertura.

P.S. Post publicado origilamente no Blog Sustentável 2.0

Trailer do filme que conta a história dos Doutores da Alegria:

Fotos do Show de encerramento: Veja o Slideshow ampliado, aqui.

Vídeos do VodPod não estão mais disponíveis.

Senadora Marina Silva no Sustentável 2009

21/08/2009 by

Dialogos impertinentes: Um mundo em colapso ou uma oportunidade de mudança.

O Tucarena no 3º dia do Sustentável 2009, recebeu para esta plenária, uma estrutura diferenciada, pois o debate seria gravado por uma equipe profissional. E claro que nesta tarde, todas as atenções estavam voltadas para a Senadora Marina Silva.

Marina Silva - Sustentável 2009 (15) Prof. Ladislau Dowbor da PUC-SP, inicia a plenária falando do absurdo que enquanto milhares de pessoas morrem no mundo por complicações causadas pela Aids, os laboratórios discutem qual deve ser o valor do coquetel para serem reconpensadas, “Considero o excesso de remuneração tão patológico quanto a falta” disse Prof. Ladislau, e completo ainda “achamos natural o excesso de consumo, a paralização pelo excesso de carros nas ruas e curiosamente somos chamados de homosapiens”. Para mim, o destaque da apresentação do professor da PUC é para o seu questionamento final: “com US$ 300 bi tiramos as pessoas da indigência, como os bancos conseguem 1,3 tri para se recuperarem?” Alguem arrisca uma esposta?

Marcos Bicudo – presidente da Philips e Chairman CEBDS,  defendeu que uma estratégia hj só é vencedora se for sustentável, se buscar equilíbrio na geração de valor econômico, social e ambiental. A ordem econômica atual tem que ser desafiada, a sustentabilidade na realidade só existe se contribuir na perenidade do negócio.

Sustentabilidade é uma oportunidade ou ameaça? para mim (ainda falando o Marcos Bicudo) é uma oportunidade mas que exige um censo de urgência, com praticas que não permitam a perenidade da busca somente pela geração de valor econômico, e exige a articulação de todos os setores da sociedade.

Gostei muito do discurso tanto do Prof. Ladislau e do Marcos Bicudo, achei bastante coerente e contestados, como poucos que havia ouvido até aqui, talves porque sabiam que a próxima seria a Marina Silva, brincadeira…

Logo de inicio uma frase de Marina Silva me chamou a atenção: “Não sei se a natureza é perfeita, mas ela teve muito mais tempo de teste para aperfeiçoar seus resultados e processos” Achei muito bacana esta reflexão, e como ela disse é impensável achar que a nossa ciência em tão pouco tempo de existência conseguirá tão de imediato reverter esta situação a curto prazo.

Por isso, atitudes voltadas para a sustentabilidade fazem-se imediatas, segundo Marina Silva: “As pessoas não tem o mesmo censo de urgência para resolver a crise ambiental como tem com a crise econômica”. E estas ações não precisam nascer grandiosas, Marina citou Chico Mendes, que com questionamentos para a sua localidade, par aquela região que ele queria defender,  levantou a discussão sobre modelos alternativos para toda a Amazônia.

Para Marina Silna, não é preciso ter respostas prontas e acabadas, é um processo, mas que precisa ser continuo e não pode ser pervertido, não é possível imaginar que não possamos desenvolver modelos em que todas as pessoas possa desenvolver as suas habilidades. Modelo de desenvolvimento que não é capaz de manter as suas especifidades não serve, pois é anulador.

Digam se este este debate não teve força para concorrer em conteúdo com o que contou com Stef van Dongen e Manish Tripathi?

Para encerra Marina Silva conclui com um trecho de um poema de sua autoria “Arco e Flecha”.

Do arco que empurra a flecha,
Quero a força que a dispara.
Da flecha que penetra o alvo
Quero a mira que o acerta.

Do alvo mirado
Quero o que o faz desejado.
Do desejo que busca o alvo
Quero o amor por razão.

Sendo assim não terei arma,
Só assim não farei a guerra.
E assim fará sentido
Meu passar por esta terra.

Sou o arco, sou a flecha,
Sou todo em metades,
Sou as partes que se mesclam
Nos propósitos e nas vontades.

Sou o arco por primeiro,
Sou a flecha por segundo,
Sou a flecha por primeiro,
Sou o arco por segundo.

Buscai o melhor de mim
E terás o melhor de mim.
Darei o melhor de mim
Onde precisar o mundo.

P.S. este post foi piblicado originalmente no blog Sustentável 2.0

Stef van Dongen e Manish Tripathi destacam-se no Sustentável 2009.

21/08/2009 by

Cheguei para o 3º dia do Sustentável 2009 para variar atrasada, e pelo segundo dia na pressa peguei o onibus errado, havia perdido a primeira plenária.

E pelo jeito perdi uma das melhores plenárias (Liderança e emprendedorismo sócio-ambiental), o pessoal do Sustenta100 estavam agitadissimos e revoltados, pois devidos a ataques no servidor do Twitter, não conseguiram postar no microblog em tempo real uma das plenárias mais comentadas do congresso.

E porque tanto frisson?

Lá estavam Stef van Dongen – CEO do ENVIU, coletivo holandês de empreendedores, na faixa até 35 anos, que funciona como uma incubadora de negócios voltados para sustentabilidade,  e Manish Tripathi – presidente da Fundação Dabawala, que reúne um grupo de 5.000 homens que entregam 200.000 refeições prontas diariamente em Bombaim, a maior metrópole da Índia,  símbolos de eficiência logística, os dabbawalas viraram nos últimos tempos ícones de “empreendorismo social”. Quer saber mais? Separei links sobre: Fundação Dabawala, e ENVIU.

Stef van Dongen e Manish Tripathi foram o destaque, mas não podemos esquecer que na plenária estavam também Alejandro Litovsky da Volans Venture, Rui Goerck da Basf e Thais Corral da Rede de desenvolvimento humano como moderadora.

Como não vi pessoalmentge a plenária, não vou omitir opiniões pessoais, mas abaixo segue alguns videos. Vejam, e depois me contem o que acharam?

P.S. post publicado originalmente no Sustentável 2.0

Depoimento de Stef van Dongen – Sustentável 2009

Depoimento de Manish Tripathi – Sustentável 2009

Fontes:
Mercado Ético, Portal Exame, Blog do Sustentável 2009.

Literatura Sustentavel (Ou fazendo a festa na banquinha)

19/08/2009 by

Continuamos no Sustentável 2009, despregando um pouco mais!

Primeiras plenárias acabaram, hora do almoço, certo?Almoçamos e nos preparamos para o diálogo sobre educação no TUCArena!

Desci pro andar de baixo, uma espécie de porão bem grande e arejado e com saída para uma rua lateral, nada Praça Roosevelt! O que me deparo chegando lá? Uma banquinha!

Não a da Souza Cruz, mas de publicações sustentáveis! Interessante não? O que estaria contido ali? Aquela gente discutia o futuro da humanidade, falavam em subversão e quebras de paradigma (Ah os congressos do partidão, as palavras de ordem!)…. O que leriam?

Me lancei ávido ao pote e passei os olhos por várias revistas, CDs, dvds, libretos, apostilas e revistas. Reuni os que achei mais interessantes. Segue uma listinha 🙂

1 – Biofuels and Climate Change – Interfaces e potentialies: Um libretinho acompanhado de CD-rom, quase um flyer.

Bem bonitinho, é só clicar que você vai ver! Dentro desse cd o que só pode ser considerado um institucional dos organizadores do congresso: Seria óbvio que eles teriam de convencer porque eles podiam patrocinar um evento desses, com que moral! Mas é bacana, exige paciência mas é bem informativo (vale a pena repassar os dados depois).

2 – Sustentável 2008 – Publicação final: Uma revista e um CD com dados do Sustentável 2008: Os encontros, os temas dos encontros, todo tipo de coisa que te coloca em 2009, compassado com o que já foi falado, com o que já foi pensado pra tentar pensar 2009 agora, talvez 2010, e o ideal mesmo é passar 2020! PPT e PDF, não esperem tratados, mas vale a pena conferir.

3 – Brasil sustentável Uma revista da CEBDS também, essa falando sobre o Sujstentável 2009: Traz entrevistas, matérias, insights, fotos, dados… Te colocava no colo os dados pra sacar as conversas, plenárias e etc. Pra ler rapidinho no almoço. Ora dar um gostinho do que virá.

4 – Manual de Gestão Urbana – FeComerico É como um manual de instruções, se liga no tamanho dele e na largura! Bem bacana, aplicados diretamente, conteúdo ainda seno digerido e entendido, postarei mais pós leitura e fichamento completo. Mas foi o que eu fui primeiro: Papel reciclado, arte bonita, lógico que bdebigode estacionou nele de cara e logo pus na minha sacola de leituras pós congresso (tava ali no meio e num ia dar tempo, mas eu me reservo o tempo de leitura! Vale a pena pra caramba, se conseguir transformo em PDF e posto.

5 – Manual de resposabilidade ecológica – FeComercio: A FeComercio mandou bem, as melhores leituras eram dela, com certeza vai me fazer ler de novo se cair algo em mãos. Esse é quase infantil, não sei ao certo porque, mas também tem conteúdo e a diagramação é digna de Exupéry. Meio raso demais, mas ambém não compromete, tem no máximo 50 paginas que são A4 dobradas! outra leitura de almoço, ou de van, ou de metrô.

E por último mas não menos importante: O folheto de sustentabilidade da Souza Cruz!
O segredo seria revelado, e eu queria muito saber! (Não pude deixar de notar que fui o único a querer saber, aparentemente!)
Resultando em descobrir que a souza cruz tem um instituto cujo objetivo é minimizar o impacto da empresa, e contribui com atitudes socialmente responsáveis. Possuem o Programa Empreendedorismo do Jovem Rural (Tucanaram o caipira!) em toda a região sul do país (a grande produtora de tabaco aqui)! Era um institucional tentando falar que eles não vendem só câncer: Contradizendo o MJ: Eles se importam conosco! Pontos pra Souza Cruz

Clique para ver as capas e espere pela disponibilização de downloads, se vc tá afim de baixar algo clica aqui e vai baixando as apresentações das plenárias.

Sustentavel 2009 (ou Aqui, ali, em todo lugar)

19/08/2009 by

Como já falei no último post, fui cobrir o sustentável 2009. Mas o que diabos é isso, não? O que é “sustentável?” pra que e como se organizou um congresso desses?

A idéia é bem simples: Algo que você não possa fazer para sempre não é sustentável! (Preciso inserir a citação do cara que falou isso no congresso, mas não acho nas anotações).

E o congresso? Qual é a dele? O congresso serve para trocar idéias, para trocar experiências, para descobrir novos fatos e atores que estão rolando no mundo! Bacana não?

Pois é. Também achei. No último post falei como cheguei no congresso, agora contarei um pouco mais.

O lance funcionava assim: Tudo rolava no TUCA. Pra quem não sabe (como eu não sabia) ali há 4 espaços: A sala principal, no térreo, duas salas menores no primeiro andar e mais o TUCArena, no subsolo. Foram nesses espaços que aconteceu todo o congresso. Vamos por partes:

Na sala principal rolavam as plenárias: Basicamente palestras dos mais diferentes atores dessa nova ação que é a sustentabilidade. E dos mais diversos, de CEO’s de mega corporações como a BASF (que não faz mais k7 desde 98, ele nos informou) até um representante dos Dabawlas (entregadores de marmita da Índia, quase todos analfabetos), passando por holandeses, espanhóis, brasileiros falando inglês terrivelmente… Enfim toda sorte de pessoas contando experiências das mais ecléticas e interessantes ao redor do globo. Conclusão: Muita genta boa falando muita coisa interssante. Gostou? Se informe mais aqui com os posts da Thanuci, aqui e aqui com a Leka e assim que eu conseguir todos os outros links do resto do Sustenta8 eu posto aqui um por um, ok?

Nas duas salas de cima rolavam os workshops, o seja: Aulas, dicas e uma galera cabulosamente interessante. Down side: 200 conto, ou algo assim, CADA workshop. O pensamento é barbudo, mas o bolso é duro: Esses eu não sei o que rolou! INFELIZMENTE

E lá embaixo, no TUCArena rola tipo um roda viva: juntava-se uma galera que tinha trabalhado em alguma coisa parecida, e eles trocavam idéias entre eles e com o público. Era bem bacana, apesar de ser bem mais lerdos que as plenárias e mais cansativa! Mas lá rolou o lance mais massa do congresso todo, na opinião desse bigodudo que vos fala: Marina Silva bringing down the House! Ela foi absolutamente sublime, forte e contundente. Absolutamente.

E esse que vos fala ganho também abraços, conversou 10 minutinhos com ela e espera receber um email em poucos dias, para manter a comunicação!

Abraços!

Tirado daqui

Sustentabilidade nas empresas

19/08/2009 by

Fonte: Atitude Eco

As considerações finais sobre o 3º Congresso Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável não são um mar de rosas mas, no geral, a intenção é boa e sem dúvida plantou algumas sementes.

Logo na primeira plenária, Marcos Bicudo deixou claro que o congresso tinha a intenção de sair da parte teórica e demonstrar a prática. Mas, infelizmente, ficou um ar de lorota nessa intenção. Começando pelo próprio evento, que não tinha nada de sustentável. Os organizadores devem acharque sustentável é espalhar lentilhas na mesa do café e servir pãozinho integral, ou então imprimir dezenas de livretos em papel reciclato, que é diferente do reciclado. O reciclato tem uma porcentagem (25%) de papel reciclado, mas não é totalmente reciclado. Sabe a moda do orgânico? O congresso era praticamente a Fashion Week do natureba. Nada convincente. Veja bem, a melhor forma de vender uma idéia é demonstrar que na prática ela funciona. Será que ninguem pensou em fazer o evento de forma sustentável? Vou pontuar alguns equivocos da organização:

Livretos, flyers: Que adianta usar reciclato para imprimir se a diagramação não visa a economia? Alguns livretos tinham mais de 50% da página em branco, tipo “borda”, e chegavam a ter em 80 páginas coisa que caberia em 30.

Artefatos orgânicos: Algumas pessoas devem achar que lentilha e bambu são sustentáveis. Sério, isso é uma ofensa à inteligência das pessoas, sem mais.

Alimentação: Olha que cômico, o enfeite das mesas eram lentilhas, e das bandejas eram folhas de rúcula. Ridículo. Alguém ensina para eles que usar comida como enfeite não é sustentável.

Palestrantes: A maioria dos palestrantes eram CEO’s de grandes empresas que de alguma forma começaram a trabalhar na sustentabilidade, puro marketing. Não estou dizendo que o marketing seja ruim, pelo contrário, acho importantíssimo que boas idéias ganhem visibilidade e sejam vendidas amplamente. O fato é que CEO’s só sabem vender imagens, não idéias. Seria mais interessante que os palestrantes fossem engenheiros, que apresentassem formas de se melhorar os processos, produtos. Profissionais de recursos humanos, para falar sobre capacitação, motivação. Políticos, para discutir sobre isenção de impostos. Infelizmente, a congresso é para gerar dinheiro fazendo uma boa ação, é claro que as grande empresas ganham mais espaço do que as grandes idéias.

E só para terminar, algo que me deixa irritadíssimo é empresa que se preocupa mas em fazer ações sociais do que reduzir o impacto ambiental da sua produção ou dos seus produtos. Isso é lobo vestido de cordero. É claro que ajudar uma comunidade de crianças carentes dá mais visibilidade do que diminuir o disperdício de água.

Não se deixe enganar, uma empresa realmente sustentável começa suas ações primeiro na redução do impacto ambiental da produção e dos produtos, depois na relação e capacitação dos seus empregados e finalmente nas ações sociais.

O nosso jardim

12/08/2009 by

Coletivo SementeO

Coletivo Sementes
se forma de maneira multipla e atua na propagação de idéias e ações de Desenvolvimento Sustentável, em seus três pilares: social, ambiental e economico, através de ferramentas sociais em rede.

Equipe multi-disciplinar de universitários, formada em 2009 no 3º Congresso Internacional de Desenvolvimento Sustentável, durante o Desafio Sustenta100, iniciativa da TeiaMG.

Durante o congresso, o grupo sentiu que havia uma certa carência nas redes sociais da web para tratar de um assunto que diz respeito a todos nós. Dessa forma, o objetivo é incentivar o debate entre jovens de temas relacionados à sustentabilidade.

A comunicação se faz plural e imediata através de um prisma de idéias que florescerem através da rede. Formado por jovens que não se sentem satisfeitos com a situação atual, Sementes deseja plantar esta mudança na cabeça das outras pessoas.

O Blog irá reunir os textos de todos os sustenta8 fazendo a cobertura heterogênea em multiplas frentes, concentrando assim em um único canal várias fontes!